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Carta aos pais

Carta aos pais

agosto 10, 2012



Dirijo-me hoje, com grande alegria no coração, a todos os homens que receberam a graça da paternidade, participação misteriosa e sempre carregada de surpresas no ato criador de Deus. Com as mulheres, mães com as quais geraram vidas, vocês são indispensáveis à continuação da espécie humana sobre a terra, e mais ainda indispensáveis para serem imagens do Pai do Céu, a quem chamamos de “Pai nosso”.
Em cada homem que se fez pai, quero saudar o exercício sadio da masculinidade, agradecendo-lhes pela vocação que Deus lhes confiou de serem personalidades carregadas de força e ao mesmo tempo de grande ternura.  A todos peço para valorizarem o dom de conquistarem sadiamente o maravilhoso mundo feminino, presente no recesso do lar que Deus lhes concedeu. Se casados há pouco ou muito tempo, não importa, suplico a Deus para todos os esposos a graça de redescobrirem o namoro permanente, feito de olhares e carinhos, surpresas e gestos gratuitos de atenção. A vocês foi entregue a tarefa de serem testemunhas do amor misericordioso do “Pai nosso”.
Tomo a liberdade de entrar na casa daqueles homens que são pais, mas ainda não descobriram a beleza de um Sacramento feito para o homem e a mulher que se amam. De fato, o Matrimônio é graça de Deus, do mesmo modo que o Batismo, a Crisma, a Eucaristia e outros Sacramentos. Ele é um presente de Deus, não instituído para dar mais ou menos sorte a quem quer que seja, mas para transformar o casal que o recebe num sinal do amor de Cristo e da Igreja. Serve para que você, pai, aponte, com sua vida e seu amor, para aquele que, sendo “Pai nosso”, quer ser servido e amado por todos os homens e mulheres. Você é chamado a se casar na Igreja!
Sei que há muitos pais que perderam filhos ou filhas e não os esqueço, como o “Pai nosso” não os esquece. Trata-se algo muito sério, pois relembro muitos homens aos quais me foi dada a graça de ajudar em momentos dolorosos. Quantas lágrimas correm de rostos enrijecidos pelas lutas da vida, quando o sofrimento bate à porta. Se palavras muitas vezes são insuficientes para consolá-los e às suas esposas e famílias, aceitem a presença da Igreja, que quer, mesmo no silêncio, dizer-lhes que não estão sós. Desfrutem a companhia da Comunidade católica, com a qual vocês, pais da terra, podem rezar o “Pai nosso”.
Queridos pais, muitas vezes suas mãos calejadas, ou os rostos cansados, os passos corridos de quem vaipara o trabalho, uniformes ou ternos, empregos formais ou não, foram usados como sinal do que vocês representam, a força de trabalho na sociedade. Ainda que tantas mulheres tenham trabalho, cargos e responsabilidades fora de casa, vocês são vistos como os provedores das famílias. E o provedor “providencia” e acaba muito parecido com aquele que é o Senhor da Providência, a quem pedimos o pão de cada dia, quando rezamos o “Pai nosso”. Em nome da Igreja, reconheço todo o bem que fazem, o valor de seus esforços, sua labuta, seu cansaço, seu desejo de melhores condições de vida para suas famílias.
Dirijo-me agora aos pais que fazem muito e falam pouco, cuja dedicação e consciência são pouco conhecidas aos olhos humanos, mas patentes aos olhos de Deus. Vocês não são esquecidos por Deus nem pela Igreja. Desejo que Deus os faça superar a timidez e os ajude a se introduzirem mais e mais na vida das comunidades cristãs. Ajudem-nos a sermos bem realistas em nossas decisões. Ajudem seus filhos, sem se omitirem na hora da correção. Mostrem o rumo, pois esta é a graça própria da paternidade. Afinal de contas, o “Pai nosso” quis contar com vocês!
Conheço também muitos homens que não experimentaram a fecundidade e por um motivo ou outro não tiveram filhos. Muitos de vocês deram um passo bonito, junto com suas esposas, assumindo filhos dos outros, através da adoção. Outros se tornaram pais de muitos outros, com sensibilidade social apurada, ajudando a quem precisa. Com todos estes homens, podemos dizer “Pai nosso”, porque na fecundidade
do Pai do Céu cada um pode encontrar seu modo e fazer o bem e participar de seu amor infinito.
Lanço agora meu olhar para os que ainda não são pais, mas querem sê-lo, os jovens ou adultos que se sentem chamados ao casamento e à fecundidade do matrimônio. Lembrem-se de que esta é uma vocação, um chamado, uma graça de Deus a ser acolhida e vivida com alegria. Não tenham medo das responsabilidades! Busquem o casamento e a família e não aventuras fortuitas. Saibam preparar-se bem para se realizarem na participação do mistério do “Pai nosso”.
Enfim, há homens que foram chamados a outro tipo de paternidade, pois Deus lhes concedeu a graça de serem pais da grande família de seus filhos na Igreja. São tão importantes que nós os chamamos “padres”, mais fecundos do que qualquer pai de família. A eles agradeço por nos ensinarem a rezar o “Pai Nosso” e por gerarem os filhos de Deus pela Palavra e pelos Sacramentos.
Com todos os pais no dia que lhes é dedicado, qualquer que seja sua idade ou situação, fazemos o que existe de melhor, rezando juntos: “Pai nosso, que estais nos Céus, santificado seja o vosso nome, seja feita a vossa vontade, assim na terra como no Céu. O pão nosso de cada dia nos dai hoje, perdoai-nos as nossas ofensas, assim como nós perdoamos a quem nos tem ofendido, e não nos deixeis cair em tentação, mas livrai-nos do mal”.
Dom Alberto Taveira Corrêa
Arcebispo Metropolitano de Belém

Arcebispo Emérito de Belém completa 61 anos de vida sacerdotal

outubro 22, 2011 Add Comment
Hoje (22), o Arcebispo Emérito de Belém, Dom Vicente Zico completa 61 anos de Vida Sacerdotal. 
Dom Vicente Joaquim Zico nasceu na cidade mineira de Luz no dia 27 de janeiro de 1927, quinto filho do casal Belchior Joaquim Zico e Anita Maria de Jesus. Lazarista, entrou para Congregação da Missão no dia 02 de fevereiro de 1943, fazendo profissão religiosa em 19 de março de 1945.
Dom Vicente estudou no Seminário do Caraça, MG, e Petropolis, RJ. Foi ordenado sacerdote em 1950, a 22 de outubro, por Dom Jorge Marcos de Oliveira. Cursou o Instituto Superior de Pastoral Catequética, em Paris, França. Formou-se em Filosofia e Psicologia.
Antes do episcopado, Dom Zico foi professor na Escola Apostólica, Prefeito de Disciplina, Diretor Espiritual e Reitor do Seminário Maior da Prainha, em Fortaleza, Professor do Seminário de São Luiz do Maranhão e do Seminário da Congregação, em Petrópolis, Assistente Provincial e Secretário da Província Brasileira da Congregação da Missão. Foi nomeado Conselheiro Geral da Congregação, em Roma, quando foi designado pelo Papa João Paulo II para Arcebispo Coadjutor de Belém, no dia 05 de dezembro de 1980. No dia 06 de janeiro de 1981 foi sagrado Bispo na Basílica de São Pedro pelo próprio Papa. Tomou posse em Belém, na Catedral, no dia 08 de março do mesmo ano.
Por 8 anos, foi o Bispo Responsável pela Dimensão Missionária da CNBB. Foi Presidente do Regional Norte 2 da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil e conselheiro da Pontifícia comissão para a América Latina. Tem sua renúncia aceita no dia 13 de outubro de 2004, quando o Santo Papa João Paulo II nomeou o seu substituto que tomou posse no dia 8 de dezembro de 2004. Atualmente, Dom Vicente Zico é arcebispo emérito da Arquidiocese de Belém.
Logo mais as 18h, será realizado na Basílica Santuário a celebração eucarística pelo seu aniversário de vida sacerdotal. Desejamos a Dom Vicente Zico, muitos e muitos anos de Vida Sacerdotal, e que Deus e Nossa Senhora de Nazaré continue abençoando este santo homem.
Conheça mais um pouco da vida de Dom Zico, na matéria abaixo, feito pela fundação Nazaré de Comunicação em Homenagem ao nosso arcebispo emérito.

Fonte: Fundação Nazaré

Arcebispo de Belém é um dos palestrantes da JMJ

agosto 10, 2011 Add Comment

Dom Alberto Taveira Corrêa, Arcebispo Metropolitano de Belém, será um dos sete palestrantes oficiais da Jornada Mundial da Juventude em língua portuguesa, que acontecerá em Madri, Espanha, de 16 a 21 deste mês. As catequeses do Arcebispo acontecerão dia 17 na paróquia Nossa Senhora do Santíssimo Sacramento; dia 18 na paróquia São João Bosco; e dia 19 na paróquia Nossa Senhora da Luz.
Dom Alberto ficará em Madri de 13 a 22.
Com o tema "Enraizados e edificados em Cristo, firmes na fé" (São Paulo), a JMJ contará, a cada dia, com bispos do mundo inteiro para as catequeses. Estas acontecerão dias 17, 19 e 20 às 10h.
Medo de Deus?

Medo de Deus?

agosto 08, 2011 Add Comment

Dom Alberto Taveira Corrêa
ARCEBISPO METROPOLITANO DE BELÉM DO PARÁ

"Pai, chegou a hora. Glorifica teu filho, para que Teu Filho te glorifique, assim como deste a ele poder sobre todos, a fim de que dê vida eterna a todos os que lhe deste. Esta é a vida eterna: que conheçam a ti, o Deus único e verdadeiro, e a Jesus Cristo, aquele que enviaste" (jo 17, 1-3).

"Qual é o teu nome? - Moisés! O que pedes à igreja de Deus? - a fé! E esta fé, o que te dará? - A vida eterna!" Assim começou a celebração eucarística em que um jovem estudante de vinte e um anos recebeu o batismo, a crisma e a primeira eucaristia. São os sacramentos da iniciação cristã. Na mesma ocasião, seu irmão Henrique foi crismado. A assembleia litúrgica era composta de adultos, jovens e uma centena de crianças, que participavam do festival das crianças promovido pela comunidade sementes do verbo em Icoaraci, nesta nossa arquidiocese de Belém. O sorriso e a firmeza com que ouvi essas respostas iniciais do rito que presidi com alegria me fizeram refletir sobre o nosso contato e o nosso trato com Deus.

O candidato à iniciação cristã ouviu a palavra de Deus e, antes do batismo, renunciou ao pecado, à divisão e ao demônio. Mergulhado na piscina batismal, dali saiu homem novo, foi ungido com o dom do Espírito Santo e admitido pela primeira vez à ceia eucarística. O sorriso continuava resplandecente, como, aliás, posso testemunhar nas muitas semelhantes celebrações a que presidi. Não havia tristeza, constrangimento, receio ou medo de Deus.

Quem pede o batismo não o faz para que alguém controle a sua vida, cerceando seus impulsos em busca de liberdade. Não, querer ser e viver como cristão eleva a alma humana, faz ser melhor e ser mais livres! Não somos, diante de pessoas que tenham outras convicções, homens e mulheres complexados, como se o pensar e o viver mundano fossem melhores. Não há nada mais digno na existência do que fazer a oblação livre da própria liberdade diante de Deus. Vale recordar a palavra de Jesus: "se permanecerdes em minha palavra, sereis verdadeiramente meus discípulos, e conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará" (jo 8, 31-32).

A escritura reflete o aprendizado de muitas gerações no contato com Deus, superando o medo diante da presença sagrada, que atrai e provoca muitas vezes estupor. Moisés na montanha sagrada iniciou seu caminho de intimidade com Deus. Mas começou tirando as sandálias numa terra santa, deu desculpas quando chamado à missão, enfrentou e superou as próprias inseguranças. Foi testemunha de grandes sinais e prodígios. No final, ficou o relacionamento pessoal: "o Senhor falava com Moisés face a face, como alguém que fala com seu amigo" (ex 33,11). À morte, registra o livro do Deuteronômio: "nunca mais surgiu em Israel profeta semelhante a Moisés, com quem o senhor tratasse face a face, nem quanto aos sinais e prodígios que o Senhor o mandou fazer no Egito, contra o faraó, seus servidores e o país inteiro, nem quanto à mão poderosa e a tantos e tão terríveis prodígios que Moisés fez à vista de todo o Israel" (dt 34, 10-12).

Elias, cujo ministério representa todo o profetismo do antigo testamento, também passou pelo aprendizado do contato com Deus. Vento impetuoso, terremoto, fogo, brisa suave. É diante da brisa leve que ele cobre o rosto com o manto, saiu e pôs-se à entrada da gruta (cf. i rs 19,9.11-13). Deus não é encontrado na agitação interior ou exterior, mas quer ouvir e ser ouvido!

Os discípulos de Jesus (mt 14, 22-33) escutaram do Senhor palavras consoladoras: "Coragem! Sou eu! Não tenhas medo!" e Pedro, tão parecido conosco, é chamado fraco na fé para se tornar rocha! Aprendeu a viver e deu sua vida por Jesus.

Nossa história é parecida com as aventuras dos heróis da fé. Não nascemos heróis, mas podemos, com a graça de Deus, vencer as sombras interiores que nos apavoram. Não custa acender a luz! E a palavra de Deus é luz para o nosso caminho! E muitas pessoas, ao nosso redor, estão suplicando que sejamos, iluminados por aquele que é luz do mundo, quais luzeiros que transformam em dia claro as sendas que percorrem. 

Fonte: Conversa com meu povo 

‘Populorum Progressio’ em Belém: Entrevista com Dom Alberto Taveira Corrêa

‘Populorum Progressio’ em Belém: Entrevista com Dom Alberto Taveira Corrêa

julho 19, 2011 Add Comment

Belém, 19 jul (RV) - A arquidiocese de Belém, no Pará, hospeda a partir de hoje a reunião anual do Conselho de Administração da Fundação Populorum Progressio, dependente do Pontifício Conselho Cor Unum.
O evento se prolonga até dia 22 de julho, e será aberto na nova Catedral de Castanhal, com uma celebração eucarística presidida pelo bispo, Dom Carlo Verzeletti.
Anualmente, os membros do Conselho, entre eles o presidente do Cor Unum, Cardeal Robert Sarah, são convocados para aprovar o financiamento de projetos que contemplam comunidades indígenas, mestiças, afro-americanas e camponesas da América Latina e do Caribe.
As iniciativas são voltadas para a produção (agropecuária, artesanato e de microempresas), infra-estrutura comunitária, educação, saúde e construção civil.
Membro da Fundação e anfitrião do encontro, Dom Alberto Taveira Corrêa, arcebispo de Belém (PA) fala aos ouvintes da RV sobre suas expectativas. Ouça a entrevista concedida a Cristiane Murray Clique Aqui!
(CM)

fonte: Rádio Vaticano