No domingo dia 08, Padre Teodoro Mendes Tavares será sagrado bispo auxiliar de Belém, em sua terra natal, Cabo Verde, acompanhem a entrevista que ele concedeu ao Jornal Voz de Nazaré, edição de 06 a 12 de maio.
"Antes de mais nada, acho que isso é pura graça de Deus, que me deu dom da vida e da vocação. Não tenho mérito nisso". As palavras são de monsenhor Teodoro Mendes Tavares, que se prepara para torna-se Bispo Auxiliar, e, em breve, ter a missão de junto ao Arcebispo, Dom Alberto Taveira Corrêa, assumir a Arquidiocese de Belém.
Padre Teodoro, qual a sua expectativa para este momento, dia 8 de maio, em quando acontecerá sua sagração episcopal?
A minha expectativa é a melhor possível. Aguardo com bastante entusiasmo, mas de forma serena e tranquila o dia da minha ordenação episcopal. Trata-se de uma importante celebração eclesial e um momento muito especial na minha vida e vocação. Tudo está sendo bem preparado e essa celebração está sendo bastante divulgada pela comunicação social em Cabo Verde. A cerimônia será inclusive transmitida pela Rádio e Televisão de Cabo Verde, em rede nacional. Creio que será uma grande celebração, com muita gente, de vários países.
Em poucos dias, o senhor será o 4º bispo cabo-verdiano, e o primeiro a ser nomeado para uma diocese estrangeira. Além de ser o primeiro presbítero africano nomeado para uma diocese brasileira em toda a história da Igreja no Brasil. O que tudo isso representa para o senhor?
Antes de mais nada, acho que isso é pura graça de Deus, que me deu dom da vida e da vocação. Não tenho mérito nisso. Mais ainda reconheço, com gratidão, a confiança que o Santo Padre Bento XVI, Dom Alberto e o todo o episcopado brasileiro depositaram em mim e me acolheram cordial e fraternalmente. Também isto é mais um sinal de que na Igreja ninguém é considerado estrangeiro. Somos todos membros da mesma família de Deus e filhos do mesmo Pai. Tenho consciência de que se trata de um grande desafio e responsabilidade para mim, mas não estou sozinho: confio plenamente em Deus, o qual me acompanha sempre; conto com o apoio e a solidariedade do Santo Padre, do Colégio Episcopal e de todos aqueles que sempre me apoiaram ao longo da minha vocação e missão. Além disso, sei que terei a colaboração indispensável do povo de Deus que irei servir no meu ministério episcopal.
Muitos leigos e presbíteros da Arquidiocese de Belém viajaram para conhecê-lo de perto em Cabo Verde, e participar desde momento ao seu lado. Fora os preparativos na casa episcopal, em Belém. O que senhor está achando dessa acolhida?
Do empenho dessas pessoas para recebê-lo bem? Estou deveras feliz em saber que a nossa Arquidiocese será alta e dignamente representada na minha ordenação, pelas pessoas que irão a Cabo Verde nessa ocasião. Digo-lhe que abro ainda mais o meu coração para acolher com muita alegria, em minha terra natal, todos os que forem participar da minha ordenação episcopal. O povo cabo-verdiano vai gostar dessa ilustre presença, ainda mais sendo um sinal de manifesto de amizade, apoio e comunhão entre nós.
O senhor tem mantido contato constante com Dom Alberto. Quais foram suas impressões? E o seu desejo para esse trabalho, que acima de tudo é de parceria pela Igreja em Belém?
Sim, tenho tido contato permanente com o Dom Alberto. Isso me ajuda a conhecer paulatinamente a realidade da nossa Arquidiocese de Belém, além de resolver outros assuntos relacionados com este momento da minha vida. Ele me acolheu muito bem na Arquidiocese, tem sido muito disponível e atencioso. Por estes e outros motivos atinentes, as minhas impressões do nosso Arcebispo, Dom Alberto, são muito boas, diria mesmo, ótimas.
O senhor já consegue se imaginar como bispo? Já tomou para si a missão? Sinceramente, acho que interiormente sim, mas o processo continua. Tenho consciência da minha missão e assumo-a plenamente. Mas para quem está começando, há uma aprendizagem permanente a ser feita. Tenho certeza que a própria vida e experiência do ministério episcopal vão me ensinando a ser bispo, como aconteceu em relação à minha vida e ministério presbiteral.
Qual o santo ou personalidade que o senhor admira?
Pessoalmente, tenho grande admiração pelas pessoas de bem, por aqueles que lutam por um mundo melhor e ajudam os outros a viver uma vida digna e feliz. Não faltam exemplos de pessoas generosas e solidárias, que amam ao próximo desinteressadamente e procuram fazer do bem a sua bandeira! Essas pessoas não serão esquecidas, pois nos inspiram e contagiam com seus belos exemplos… Mas eu me identifico mais com os santos da nossa Igreja. Os santos também foram todos aqueles que, como Jesus, o Santo por excelência, passaram pelo mudo fazendo o bem, deixando-nos o exemplo de fé, de vida e santidade.
fonte: Jornal Voz de Nazaré
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