Evangelhos do Domingo de Ramos
Mateus 21, 1 - 11; 27, 11-54
A Igreja celebra no Domingo de Ramos, a entrada de Jesus em Jerusalém. Para nós inicia-se a Semana Santa, destinada ao fiel cristão que não pode deixar de acompanhar ativamente a Liturgia destes dias, seguindo os passos de Cristo e sentindo de perto o que aconteceu ao nosso melhor Amigo e Salvador, percebendo o que Ele sentia em seu coração, ao se aproximar a Hora decisiva de sua vida.
Infelizmente, a maioria dos católicos tem outras preferências na semana mais santa do ano. São cristãos incapazes de "vigiar e orar" ficando com Jesus (Mc 14, 38), preferindo sair para entretenimentos em farras, passeios, baladas, praias, bares, bebedeiras, curtição com muita música e outros folguedos, em situações com probabilidade de terminarem em brigas, desavenças, desastres e morte.
Devemos mostrar-nos solidários a Jesus, passando esta última semana de Sua vida terrena com Ele, num último gesto de amor e amizade, recolhidos em oração fervorosa e contemplação profunda, de modo que a Páscoa do Senhor seja um dia verdadeiramente "novo" para nós. Ao participarmos da bênção e procissão de ramos, deveremos homenagear Jesus e proclamar publicamente a sua Divina Realeza.
Este domingo é chamado "de Ramos" porque o povo cortou ramos de árvores, ramagens e folhas de palmeiras para cobrir o chão onde Jesus passava montado num jumento. E assim, Jesus entra triunfante em Jerusalém com grande acompanhamento; foi uma maneira forte de proclamar a chegada do Messias, do Rei esperado pelos pobres e sofredores, despertando nos sacerdotes e mestres da lei muita inveja, desconfiança, medo de perder o poder. Começava, então, uma trama para condenar Jesus à morte e morte de cruz.
O povo O aclama cheio de esperança, gritando um cântico de louvor e alegria: - Hosana ao Filho de Davi! Bendito o que vem em nome do Senhor! Hosana no mais alto dos céus!
Jesus como o profeta, o Messias, o Libertador, iria libertá-los da escravidão política, econômica e religiosa, imposta cruelmente pelos romanos naquela época, que massacrava a todos com rigores excessivos e absurdos.
Jerusalém era celebrada com uma grandiosa procissão. E isto agradou tanto aos romeiros que deixou marcada a Procissão de Ramos como umas das mais belas celebrações da Semana Santa.
Mas, essa mesma multidão, poucos dias depois, manipulada pelas autoridades religiosas, acusaria Jesus de impostor, de blasfemador, de falso messias. E incitada pelos sacerdotes e mestres da lei, exigiria do governador Pôncio Pilatos que o condenasse à morte.
Por isso, na celebração do Domingo de Ramos são proclamados dois evangelhos: o primeiro, que narra a entrada festiva de Jesus em Jerusalém aclamado pelo povo; depois o Evangelho da Paixão, onde são relatados os acontecimentos do injusto julgamento de Jesus, culminando com a violência e brutalidade a que foi submetido, tanto que, com palavras, é impossível descrever o que Jesus passou por amor a nós até ser condenado à morte, pregado numa cruz.
A esperança era que Jesus fosse um conquistador, um rei forte que esmagasse os inimigos, mas quando viram Jesus pregando o amor aos inimigos e a conversão, os judeus não creram n'Ele e o entregaram à Cruz.
A liturgia nos relembra e nos convida a celebrar esses acontecimentos da vida de Jesus, que se entregou ao sacrifício para nos salvar da escravidão do pecado e da morte. Crer nos acontecimentos da Paixão, Morte e Ressurreição de Jesus, é crer no mistério central da nossa fé, é crer na vida que vence a morte, é vencer o mal e ressuscitar com Ele Vivo e Vitorioso para viver eternamente.
fonte: Jornal Voz de Nazaré
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