Eis meu Filho muito amado. Escutai-O!

março 20, 2011

Evangelho do II Domingo da Quaresma
Mateus 17, 1-9      

Toda a história da passagem de Jesus pela Terra é marcada por fenômenos que são difíceis de serem entendidos. Devemos nos lembrar, porém, que Seus ensinamentos são eternos e que teremos que evoluir durante milênios para conseguir entender tudo o que aconteceu nos 33 anos de vida de Jesus. Certamente Deus quis que estes fenômenos fossem conhecidos por toda a humanidade, para que servissem como modelo para o nosso estudo, evolução e compreensão das leis da vida.

Após subir no Monte Tabor com Pedro, Tiago e João, Jesus começa a orar e os discípulos caem no sono. Ao acordarem eles percebem que Jesus se transfigurou: seu rosto brilhava como o Sol e suas roupas ficaram brancas como a luz.

Essa transformação se operou no rosto que resplandecia como o sol e nas vestes que se tornaram brancas como a luz, tão brancas, que nenhuma lavadeira seria capaz de alvejar.

Jesus estava conversando com Moisés e com o profeta Elias. E Pedro, sem entender bem o que estava acontecendo, disse a Jesus: - Senhor, bom é estarmos aqui; se queres, levantaremos aqui três tendas, uma para ti, uma para Moisés, e outra para Elias.

Era bom ficar ali, num momento místico, longe do dia-a-dia, da caminhada, das dúvidas, dos desentendimentos, da luta. Quem não iria querer? Mas não era uma sugestão que Jesus pudesse aceitar. Por tão gostoso que fosse ficar no Monte Tabor, era preciso descer porque Jesus teria de enfrentar o caminho até o Monte Calvário.

Então, uma nuvem luminosa os cobriu. E da nuvem saiu uma voz que dizia: Este é o meu filho amado, em quem pus toda a minha afeção. Escutai-O!

Os discípulos amedrontam-se, sendo necessário o toque e a palavra de Jesus para se levantarem e superarem o susto. E não viram ninguém a não ser Jesus, só. Na realidade, é este "Jesus só" que está a caminho de Jerusalém e que eles devem escutar e seguir.

A transfiguração serviu para fortalecer a Cristo para seus sofrimentos e morte, ao passo que também confortou seus apóstolos e robusteceu-lhes a fé, mostrando que Jesus tinha a aprovação de Deus e foi uma antevisão de sua glória e poder régio no futuro. A Transfiguração pode ser um autêntico sinal de esperança também para o nosso tempo.

Assim como o sol é a fonte da luz e faz-nos ver as coisas como elas são, a luz da transfiguração de Jesus mostra a sua identidade messiânica e revela a divindade em sua humanidade. Aqui os discípulos ouvem a voz de Deus chamando Jesus de Filho, e, durante a paixão, ouvem Jesus chamando a Deus de Pai (Mt 26,39). No Tabor, a humanidade de Jesus deixa transparecer a sua divindade e, no Getsêmani, a divindade assume plenamente a sua humanidade, quando a angústia de Jesus foi tão profunda que "seu suor tornou-se em grandes gotas de sangue, que corriam até ao chão".

O Evangelho nos traz o melhor conselho para os momentos de dúvida e dificuldade, confirmando nossa fé, se observarmos o que disse a voz que saiu da nuvem. Se assim fizermos, venceremos os nossos problemas e adversidades.

Apesar de sermos fracos demais para agüentar uma experiência igual devemos buscar forças na oração, na Palavra de Deus e na meditação, para que possamos seguir o caminho do bem, como fizeram Jesus e os três discípulos. Enquanto desciam do monte, Jesus ordenou-lhes: - Não conteis a ninguém o que acabastes de ver, até que o Filho do Homem ressuscite dos mortos. 

Raul Monteiro

fonte: Jornal Voz de Nazaré

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