"Vós sereis minhas testemunhas" (Atos 1, 8). Testemunhar a Boa Nova de Jesus Cristo é uma missão possível àqueles que fizeram uma experiência real do amor do Pai. Todos são enviados por Deus para dar testemunho do Salvador através de gestos, ações, palavras, enfim, da vida. O Projeto Igreja Belém em Missão, que será lançado no dia 9, tem como objetivo fazer com que a Palavra seja conhecida, amada e vivenciada por todos. Além de ser uma preparação para o XVII Congresso Eucarístico Nacional e a comemoração dos 400 anos da fundação da capital paraense, ambos em 2016.
Em comunhão com a dimensão missionária continental apresentada na V Conferência Geral do Episcopado Latino-Americano e do Caribe, em 2007, o projeto busca "confirmar, renovar e revitalizar a novidade do Evangelho arraigada em nossa história, a partir de um encontro pessoal e comunitário com Jesus Cristo, que desperte discípulos e missionários" (Documento de Aparecida).
Para Monsenhor Raimundo Possidônio, até 2015, a meta é "evangelizar a cidade de Belém e prepará-la para os 400 anos de evangelização de Belém". "Nós vamos fazer isso dando vários passos. Um trabalho capilar de evangelização, que nós chamamos também de porta-a-porta, rua-a-rua, pra levar e transmitir a Boa Nova do evangelho às pessoas e formar comunidades nas regiões onde não existe a presença da Igreja Católica, onde ela é rarefeita", explica.
O religioso afirma que o principal desafio a ser superado é chegar aos lugares onde a Igreja ainda não está presente, que estão distantes do trabalho evangelizador. "Missão e pastoral são diferentes. Para nós, a missão é sair desse lugar comum. Lidamos com o desafio da conscientização das pessoas sobre a missão, o trabalho evangelizador. Não é fazer sempre as mesmas coisas, com as mesmas pessoas, no mesmo lugar, é ir alem destas fronteiras. É ir para áreas de fronteiras, onde realmente há necessidade. É fazer com que as pessoas realmente conheçam Jesus Cristo, quem Ele é, e mude de vida. Nós temos que demover estes obstáculos", disse.
Dois encontros de formação já foram realizados na Arquidiocese de Belém, com cerca de 600 missionários, em agosto e novembro. O próximo será um retiro espiritual nos dias 19 e 20 de março e o objetivo é duplicar o número de enviados à missão. Segundo o sacerdote "cada grupo missionário tem que escolher uma área de atuação para o projeto, na paróquia ou na cidade de Belém. Este local, este âmbito, pode ser uma realidade comunitária, social, cultural. Neste momento eles estão nessas áreas para conhecer melhor, conhecer as pessoas. E, ao mesmo tempo, eles estão com outra tarefa que é envolver toda a paróquia, o pároco, conselho pastoral e as pastorais neste trabalho".
Aldo Barroso, da Paróquia de São José de Queluz, afirma que é gratificante o trabalho da missão. "Poder anunciar o Deus que habita em nós é a motivação. Devemos assumir nosso papel de cristão, mostrando às pessoas que esse é o papel da Igreja. Precisamos dar esse caráter de evangelizador missionário. Somos cristãos, somos evangelizadores", fala o missionário.
Monsenhor Possidônio esclarece que o projeto Igreja Belém em Missão é realizável graças ao empenho e dedicação do laicato: "Sem o leigo não há trabalho pastoral, não há trabalho missionário, não há trabalho de Igreja. A função do pároco é ser o incentivador, o animador, que integra que articula, mas quem faz o trabalho missionário é o leigo. O leigo é de fundamental importância para que se faça, deste Belém em Missão, um projeto que realmente prepare a Arquidiocese para as celebrações jubilares de 2016".
fonte: Jornal Voz de Nazaré
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