Embora não se tenha certeza do dia exato do nascimento de Jesus, comemoramos o Natal no dia 25 de dezembro, como a grande festa do aniversário do Salvador. Juntamente com a Páscoa, o Natal é a maior festa da Igreja Católica.
A data é de fundamental importância para o cristianismo, pois é quando se celebra a encarnação de Deus feito homem (Jo 1, 14). Jesus, o Emanuel, Deus Conosco, entrou para a História, mudou o mundo, tudo na simplicidade de uma criança. Celebrar o Natal significa comemorar o nascimento de Jesus. É o Cristo que vem para trazer a paz, como os anjos anunciaram: "Glória a Deus nas alturas! Paz na terra aos homens de boa vontade. Vos nasceu o Salvador que é o Cristo Senhor!" (Lc 2, 11).
Este é o significado, por excelência, do Natal cristão, porém ao longo da história, o sentido dessa festa foi se perdendo. Durante séculos a imagem de São Nicolau foi associada ao Natal, porque na data ele costumava ajudar as pessoas pobres, deixando saquinhos com moedas próximas às janelas das casas. Foi substituído por um personagem gorducho, de bochechas rosadas e barba branca, que anda num trenó puxado por renas chamado Papai Noel. Posteriormente, foi apresentado numa propaganda de Natal, caiu no gosto do público e logo ganhou força. Com o passar do tempo, cada vez mais a imagem do Papai Noel foi vinculada ao Natal, a ponto das novas gerações não saberem mais o que festejam.
Assim Papai Noel tornou-se o símbolo do Natal, e a festa do nascimento do Deus Menino, que nasceu numa simples manjedoura, pobre entre os pobres, na gruta de Belém, tornou-se um pretexto para um consumismo desenfreado. Para muitos, o Natal se tornou uma festa sem espiritualidade, em que o aniversariante é esquecido. Essa triste realidade está levando muitas dioceses a lançarem campanhas, como por exemplo, a que fazemos já há alguns anos em Curitiba: "Natal com Jesus é Natal". O intuito é resgatar o verdadeiro sentido da festa, e reforçar a figura do Menino Jesus como o centro do Natal, em detrimento do Papai Noel, e de todo o sentido comercial desta festa.
Creio que também necessitamos de um resgate dos símbolos natalinos, visto que outros elementos foram incorporados, como duendes e gnomos, mas não são símbolos cristãos. Os verdadeiros símbolos de Natal, a árvore, a guirlanda, o presépio nos ajudam a celebrar, e devem levar as crianças, adolescentes, e a sociedade como um todo ao verdadeiro sentido do nascimento de Cristo.
Não somos contra a troca de presentes, nem contra enfeites, o que recomendamos é que as famílias se preparem bem para viver toda a espiritualidade da data, e nunca se esqueçam que o Natal não se resume a presentes, casa decorada, ceia, mas à festa do nascimento Daquele, que sendo Deus assumiu nossa humanidade e deu Sua vida por nós. Preparemos nossas famílias para ser a gruta de Belém, e nossos corações para ser a manjedoura onde o Menino Deus possa nascer!
Pe. Reginaldo Manzotti
fonte: Jornal Voz de Nazaré
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